Na pele de uma Vampira
NA PELE DE UMA VAMPIRA…
Quando a noite vem só e fria
Eu fico a imaginar o infinito
Desta minha curta vida
Que promete ser distante
A fome por um ser fresco
Apodera-se da minha mente
Mas a pena de tirar uma vida
Instala-se neste meu coração ainda quente
A necessidade choca com a ética
A solidão mórbida submerge
Tenho em minhas mãos
O poder de dar vida eterna
Mas será justo dar vida já morta?
A eternidade é sedutora
Mas o poder de sentir amor é vida
E esta vida ensanguina que levo é já morte
Muitos são aqueles que me pedem vida
Mas que vida pode eu dar se já sou cinza?
O desejo de ter alguém para partilhar o mundo
É grande, forte , mas egoísta
Estas noites de cinza fúnebre
Que assombram e seduzem olhares curiosos
Saciam meu ser com sede de vida fresca
Mas a vitima prefeita ainda não encontrei
Alguém com o mesmo sentimento atroz
Que tenha sede de infinito…
Tenho a eternidade para o procurar
Mas tenho a incerteza se ele existirá…
Autor: Ana Patricia Diogo
Edição Antonella Barcelos
Equipe Black Angel